Embarquei,
já tarde, nesta penumbra de ilusões,
Remeti-me à infindável
presença desta nova religião
Entre a existência
e o dobro da ausência dela,
Serei então
apenas mortal?
Embarquei,
já tarde, em busca do meu alívio,
No corpo
naveguei, e no espírito encalhei,
Procurei, nem
por isso encontrei.
Fiz-me
entendido e inventei, na ausência, inventei.
Já tarde,
embarquei neste engano dos sentidos,
Tomei a aparência
pela realidade
Volvi-me por
dentro e percorri uma vida.
Embarquei, depressa,
de madrugada…
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