segunda-feira, 14 de setembro de 2015

As teorias Selvagens



“Para «R», a constelação de palavras que orbitavam tranquilamente ao redor dos orifícios anal e vaginal parecia algo indescritivelmente ousado, adulto, diferente de tudo conhecido (e, por contraste, semelhante ao amor), cujas consequências o deixavam à beira do priapismo”.
By: Pola Oloixarac in “ As teorias Selvagens”.

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Inevitável



Adversamente aprendemos que o verdadeiro amor é o contrário do desejo incontrolável da dor, dor retrospetivamente obrigatória, serena, defeituosa, mórbida. Dor frequentemente inevitável, dor inocente, inconsolável, atroz.
Ineditamente é sermos todos loucos, todos capazes de conquistas arriscadas, todos capazes de chorar sozinhos, todos capazes de uma gélida realidade atroz.
Iniludivelmente é um toque na alma, uma palavra, uma febre que se apanha lentamente, mas que mata num repente, é uma saudade de um sorriso, um enlevo permanente, um cheiro, um olhar atroz.
Inevitável é rirmo-nos dos que nos acham defeitos, rirmos dos nossos próprios defeitos, é apenas rirmos. É perder, arriscar, tentar, entender, simplesmente provar, coativamente atroz.
 Amar, é, inevitavelmente atroz.