Adversamente aprendemos que o verdadeiro amor é o contrário do
desejo incontrolável da dor, dor retrospetivamente obrigatória, serena, defeituosa,
mórbida. Dor frequentemente inevitável, dor inocente, inconsolável, atroz.
Ineditamente é sermos todos loucos, todos capazes de
conquistas arriscadas, todos capazes de chorar sozinhos, todos capazes de uma gélida
realidade atroz.
Iniludivelmente é um toque na alma, uma palavra, uma febre
que se apanha lentamente, mas que mata num repente, é uma saudade de um
sorriso, um enlevo permanente, um cheiro, um olhar atroz.
Inevitável é rirmo-nos dos que nos acham defeitos, rirmos
dos nossos próprios defeitos, é apenas rirmos. É perder, arriscar, tentar,
entender, simplesmente provar, coativamente atroz.
Amar, é, inevitavelmente atroz.