quarta-feira, 25 de setembro de 2013

“Estou Vivo…Escrevo Sol”



Professor, era assim que eu o tratava, privamos pouco, o suficiente para entender de que matéria são feitos os génios, o suficiente para umas aulas grátis acerca de tudo de uma só vez, estávamos os dois sentados na sombra de uma palmeira, em pé uma nuvem de formandos que me acompanhavam.
Sabe que o Pessoa foi um “manga-de-alpaca”? Disse.
Sim professor, já li acerca disso, sei que sim.
-E sabe que o homem era tradutor, que trabalhava nas casas da baixa a troco de uns cobres? Um génio, um génio…
Sim também li acerca do assunto.
Em cima da mesa de plástico branco, estavam suspensas pelo vento algumas folhas avulso, a mão trémula que as segurava era firme com a caneta, e assertiva nos traços do lápis.
Interromperam pertinentes alguns dos formandos.
-Professor gostamos muito de o ler, de ler o que escreve e agora de o ter conhecido pessoalmente, obrigada.
Saí em reforço da ideia, conte-nos o segredo das palavras.
É só um, ler, ler muito, nos outros busco sempre inspiração para mim, nos Franceses, leio muito os Franceses, filosofia, gosto de ler filosofia.
Nos almoços que semanalmente partilhávamos, na mesma sala, a espaços, aquando da crueldade dos invernos, a tosse profunda invadia-lhe a alma e enchia a sala como só os especiais conseguem.
Ao lado, sempre ao lado a esposa, dedicada, preocupada, a inteligência em pessoa, Agripina de seu nome, escritora também, Sensível, Compreensiva, Mãe, Mulher, Amiga, com quem me orgulho de ter partilhado ideias e ideais e algumas manhãs na biblioteca.
O corpo de António Ramos Rosa vai a sepultar, o homem fica connosco e com as gerações vindouras, era até ontem o maior poeta Português vivo, é hoje o maior poeta Português contemporâneo, os homens deste tamanho não morrem, renascem a casa frase, a cada momento em que são lidos, a cada verso irregular, a cada metáfora, a cada dia novo.
Irregulares são também as vontades, a minha, a da sua vida eterna.
Bem haja.

domingo, 8 de setembro de 2013

A vida são dois dias e a festa do Avante três…





As Francesas nascem no Porto e comem-se na Atalaia, a minha praia…

O principio do ensino a distância em Portugal


"Alma Nova" onde escreveram grandes nomes da 1ª Republica, como:
José Joaquim Nunes
Ramada Curto
Ascensão Mendonça
Emílio Salgueiro
 Mateus Moreno
Gomes dos Santos
Rebelo Bettencourt

sábado, 7 de setembro de 2013

Porque no tienen comparación

Agora que gemem mais pálidas nossas memórias,
Que há neve no televisor
Agora que chove na sala e se apagam
as velas do barco que me iluminou
Agora que canta o tempo chorando seus versos
E o mundo enfim despertou
Agora perdido em um silêncio feroz, pra que quer desatar esses nós?
Agora enxergamos direito e podemos nos ver por de trás do rancor
Agora te digo de onde venho e dos caminhos que a paixão tomou
Agora o destino é ermo e nos encontramos neste furacão
Agora eu te digo de onde venho e do que é feito o meu coração...

Vengo del aire
Que te secaba a ti la piel, mi amor
Yo soy la calle, donde te lo encontraste a él
No me compares, bajé a la tierra en un pincel por ti
Imperdonable, que yo no me parezco a él
Ni a él, ni a nadie

Ahora que saltan los gatos
Buscando las sobras, maúllas la triste canción
Ahora que tú te has quedado sin palabras
Comparas, comparas, con tanta pasión

Ahora podemos mirarnos
Sin miedo al reflejo en el retrovisor
Ahora te enseño de dónde vengo
Y las heridas que me dejó el amor
Ahora no quiero aspavientos
Tan sólo una charla tranquila entre nos
Si quieres te cuento por qué te quiero
Y si quieres cuento por qué no

Você não sabe por onde andei depois de tudo amor
Eu sou a chave, da porta onde encontraste alguém
Não (No) me compares
Não busque nela o olhar que dei a ti
Imperdoável que eu não seja igual a ela
Então não fale, que alguém te toca como eu toquei
Que se acabe e que tu partas sem saber
E para sempre, ninguém te toca como eu toquei
Que se acabe... yo soy tu alma tu eres me aire!