quarta-feira, 31 de julho de 2013

Porque existem as donas de casa?


Estou farto das donas de casa, daquelas que pintam as unhas ao fim de semana, as que parecem serias aos maridos e família, as mesmas que falam com os outros de trabalho só para não incomodarem os maridos em casa com as conversas enfadonhas que costumam ter, eles já não as ouvem, escolhem uma vitima entre um dos que dizem ser “amigos” e vai disto, atanazam-lhes os ouvidos à mais pequena oportunidade,

Donas de casa, aquelas que enquanto fazem “amor” (ahahahah) pensam no dia de trabalho que irão ter, missionariamente, mesmo que diferente acaba por ser sempre igual, missionariamente, dessas que, a espaços têm de lavar roupa, estende-la, dobrar meias, cozinhar e passear o cão, enquanto ele, refastelado no sofá, vendo a bola, palita o espaço deixado entre o canino e o pré molar, chupando de seguida lufadas de ar na cavidade aberta pela retirada da comida, brindando-a com aquele barulho próprio de quem acusa a sucção.

As donas de casa, já me enfadam, ontem dizia-me uma amiga acerca do marido, coisas que elas não lhe dizem a eles, só aos amigos:

- Pá ele trair-me com outra gaja a 10.000 km de casa, eu até poderia entender, mas F***-**, com uma preta?

Ela diz que lhe disse, eu acredito, mas olha lá, a cor é importante?

Se for, eu quando não me peido ando amarelo, achas isso relevante para a minha condição de humano?

Deixa eu entendi-te, e quando deixas de ser dona de casa?

Há certo um tipo de donas de casa de que gosto, o tipo atrevida, principalmente se são donas da casa de um outro gajo que não eu, umas que fazem quase tudo para agradar ao conjugue, não por dedicação mas sim para limparem o sentimento de culpa que carregam, por vezes até fazendo crer aos outros que a culpa é deles, esperem, a culpa é só vossa, os outros não têm qualquer tipo de contrato nupcial com o nubente. Essas são as giras as que não se ficam pelo fim, fazem da entrada o seu melhor momento e na circunstância definam frases do género:

- Anda cá à minha beira que te trinco as orelhas e deixo-te fazer-me um gaiato.

Essas sim, são já o protótipo da dona de casa inteligente, madura, aquelas que durante um certo lapso de tempo, enquanto as pessoas lhe dão jeito, até falam de amor como se fosse uma ciência exata que dominassem na perfeição, as doutoradas em afetos com todos menos os maridos delas, aquelas que precisam de empregada para passar a ferro e não gostam de sujar as mãos com coisas parecidas com amanhar peixe, sim, isso é nojento. Gosto dessas.

Outra há que me são indiferentes, a mim, ao mundo e até a elas próprias, são as que fazem tudo o que as outras fazem e mais um par de calças, mas preocupam-se tanto em agradar ao marido que se esquecem delas mesmas e depois é vê-los nas casas de alterne a pagarem bebidas às senhoras da vida fácil.

Há também uma outra espécime de homo sapiens sapiens  sapiens sapiens versão feminina, as modernas, as que passam metade da vida delas nos ginásios  para conseguirem retirar as gorduras acumuladas pelos erros diários que cometem, são as cremo-dependentes , as que pintam as unhas de cores berrantes para parecerem modernas, que querem ter sexo dentro dos carros para pensarem que são mais novas, as que envergam colares monstruosos e papoilas nas camisas, as que leram meia dúzia de livros dos autores da moda e já falam de literatura como catedráticas, coitadas nunca nenhum  gajo terá coragem de lhes dizer:

- Gaja, não penses que conseguiras esconder a tua idade, nem tão pouco acabares com essa barriga de aluguer ou ainda a parte que tens encascada nas pernas, isso é uma consequência dos anos que já viveste e, pelos vistos não deves ter vivido muito bem se não, não estavas assim.

Pode um dia existir algum.

Existem ainda as verdadeiras donas de casa, as literalmente donas de tudo, da casa do carro, dos filhos, das contas bancarias, dos maridos, dos cães, das famílias, o que lhe sobra do ego é direcionado para todo e qualquer sentimento de pose mais aguçado não se ficando só por bens matérias, querem mais, escolhem as cores da tinta da casa, as cores dos carros, e a cor das armações dos óculos deles, enfim…

Não fiquem chateadas, um destes dias escreverei acerca de nós, os machos, das nossas micoses, do nosso laxismo, da maneira como somos traídos…depois contarei tudo.

 

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Corre(c)tor



Eu uso corretor, sim uso. Há quem use Control, Tri-minulet ou Diu, eu uso corretor, um dos pirateados que de quando em vez deixam passar erros ortográficos.
O meu corretor já está preparado para o novo acordo, para isso e para muito mais;
 É à prova de sentimentos, não consegue reconhecer palavras como amor, paixão, romance entre outras;
Não entende expressões como: espero-te, amo-te, quero-te entre outras;
 É à prova de líquidos, já por diversas vezes o deixei cair dentro de garrafas inteiras de uísque, entre outras, e nada lhe aconteceu;
É agressivo no trato, reage sempre que é desafiado, entre outras, um dia estragou-me um conjunto de 364 palavras descrevendo a minha frieza;
O meu corretor acompanha a minha falta de capacidade de escrever bem, como dizia uma pessoa, ainda há pouco amiga:
- Tu não sabes escrever sem corretor.
Sabes, é verdade, antes utiliza-lo e brindar os outros com a escrita de um quase analfabeto do que não escrever nada, não escrever é não sentir, é estar castrado (a) de uma vida dupla, é estar submetido às escritas dos outros, sem motivo aparente de existir, eu escrevo, com corretor mas escrevo.
R. Guedes pratica, assim, a alteridade. Os seus textos permitem a presença do outro, do outro texto. Talvez não seja ousadia nenhuma dizer que R. Guedes vergou os seus textos para aceitarem a presença do outro” Carlos Castilho Pais acerca do autor.
Na verdade escrevo partindo de um pressuposto de que todo o ser humano interage, permitindo a uma nova sociedade ativa permanecer viva nas mentes dos outros, não tenho qualquer tipo de verecúndia, não possuo o iluminismo de ver o mundo todo numa perspetiva oral, entendo-me com os sentidos mesmo que por vezes sem logicas nem relações pensantes com as realidades, por isso, uso o corretor.
Barthes declara, "A morte do autor é o nascimento do leitor."
Tens razão, não sei escrever sem corretor…
Terei de morrer, para me leres sem corretor.
Pena não ter sido poeta, a esses toda a merda é permitida, os neologismos inventados pelos índios ou pelos africanos, unicamente deformando a escrita que lhe era inalcançável, na oralidade que dificilmente dominavam, escreviam como falavam e falavam aglutinado silabas de maneiras musical, hoje, usados por grandes poetas mundiais, prémios Nobel, vistos pela maioria dos mortais como invenções incríveis de pessoas incríveis, caríssimos, foram inventados por analfabetos como eu, antes mesmo de existirem corretores, os que eu agora uso.  
Termos utilizados para descrever diferentes formas de pensar sobre o criador do texto. Autor é o tradicional conceito de conceber uma determinada pessoa criando um trabalho de literatura ou qualquer trabalho escrito apenas pelo poder de sua imaginação.” Perspetiva de Roland Barthes acerca da produção literária.
Pena não ter sido poeta, desses que fazem poemas de amor, mesmo sem sentirem metade do que escrevem, fazem-no para vender livros que, a custo e com dinheiros emprestados, conseguiram editar, poesia, é como a minha escrita, má sem corretor…
Há quem use Control, Tri-minulet ou Diu, eu uso corretor.

El Condor Passa

I'd rather be a sparrow than a snail
Yes, I would
If I could
I surely would

I'd rather be a hammer than a nail
Yes, I would
If I only could
I surely would

Away, I'd rather sail away
Like a swan that's here and gone
A man gets tied up to the crown
He gives the world
Its saddest song

I'd rather be a forest than a street
Yes, I would
If I could
I surely would

I'd rather feel the earth beneath my feet
Yes, I would
If I only could
I surely would

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Facebook



Assumo as minhas escolhas, mesmo que por vezes sejam difíceis de entender por terceiros, não tenho Facebook, poderia descrever minuciosamente mais de 10 razões para não o ter, mas fico-me apenas pela mais óbvia, não me faz falta.
Há de tudo mas o que mais confusão me faz é a quantidade de amigos, ssss chegam aos milhares, até nisso sou diferente, tenho meia dúzia de amigos, corro até o risco de perder alguns dessa meia dúzia, sendo que, também não estou interessado em ter muitos mais.
A ausência de um perfil na rede faz de mim, segundo o meu filho mais novo, um antissocial, ou seja, hoje os miúdos (14 anos) acham que ser social passa por estar horas a fio a partilhar porcarias que os outros também partilharam.
 Em vez de apalparem a vizinha do lado, fazem viagens virtuais às casas dos outros, com ou sem Webcam ligada, esgrimam argumentos em torno de um qualquer jogo que depois irão jogar.
Há uns anos atras, aquando do aparecimento da internet, eu visitava várias empresas diariamente, apercebia-me que em vez de trabalharem, uns liam os jornais, outros os resumos das telenovelas, outros ainda andavam a mostrar a terceiros fotos da família.
Na primeira oportunidade em que fui chamado a intervir publicamente para uma plateia e a respeito de outros assuntos veio a conversa da internet, de como o mundo se estava a transformar e tal e tal…
Surpreendendo a assistência disse: Irá chegar um dia em que as empresas proibirão os funcionários de utilizarem a internet.
 Não era nenhum vaticínio nem profecia, era fruto do que diariamente assistia, horas perdidas de trabalho em volta da internet, no final da conferência alguém veio ter comigo, irritada e com ar de quem achava que eu seria um ignorante disse-me: Você pensa mesmo aquilo que acabou de dizer?
Com a importância que eu dei a tudo o que tinha acabado de dizer e em jeito de argumentação disse: Falei durante algum tempo dizendo sempre aquilo que penso em relação a tudo o que disse, especifique qual a parte a que se refere.
-Àquela da internet vir a ser proibida.
- Sim, penso mesmo isso, e blá blá blá…
Olhou-me com ar superior e hoje deve de pensar ou que era bruxo ou que sou maluco.
Engraçado encontrei a personagem em outros encontros do género, várias vezes, nunca mais me dirigiu a palavra. É PENA.
Um destes dias em conversa com um amigo com responsabilidades numa multinacional, dizia-me ele: Pá agora na minha secção só existem três computadores com ligação à internet, o pessoal abusava, até pornografia já se via, um foi despedido.
 Pois, era de esperar.
Um destes dias irão bloquear o acesso ao Facebook, ao Skype e a redes similares, depois escreverei acerca disso.


domingo, 21 de julho de 2013

Peanuts



Num repasto de gajos…
Pá conhecem a mulher do *******?
Entre 16 ninguém conhecia a sujeita…
Bem, é muita gira, parece uma peanut!
Uma quê?
Peanut, não sabes o que é?
Uma gaja peanut, não, não sei, nem me parece muito logico, uma gaja amendoim?
Não c******, uma dessas gajas que posam para as revistas assim em roupas sexis.
Ok já te entendi, querias dizer pin-up.
Deve ser isso sim…

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Significados no meu tempo (entre outros)



Janela de oportunidade - Vai lá agora se não estas fodido.

Proactivo-  Mexe-te caralho parece que não tens sangue a correr nas veias.

Assertivo-  Vê lá se começas a dar uma para a caixa ou se não vais com os porcos.

Teatro de operações- Um incêndio grande em que os bombeiros andavam à nora, comandados por um imbecil dentro de um jeep.

Especialista- Um gajo que fazia as coisas bem-feitas e quando se enganava assumia a culpa não culpava o imediatamente inferior.

Técnico- Um individuo que sabia da coisa, com um alicate, chave inglesa um martelo e um rolo de arame resolvia qualquer avaria na hora. 

Auxiliar- Qualquer um que ajudava o técnico ou o especialista.

Colegas- Eram as putas...