Nas muralhas de outra existência permanente, mostro-me
indignado com o pretérito mais que perfeito da existência das coisas.
Comandante vencido em batalhas de sabedoria, parceiro ausente de mim, traio a
vontade de estar por um qualquer copo de três, numa tasca vizinha dos meus
sonhos.
Exercito a mente assediando o futuro, esquecendo o passado,
agradecendo ao campo a virtualidade de existir, de ser capaz de existir e
permanecer. Apodreço as mágoas e as tristezas rumo à planície das outras almas.
Suores frios rompem a minha pele, como estrondos das noites
perdidas sem dormir e ganhas dentro de mim, abrindo as portas para a eternidade
da vida simples, ignorante, pobre, cruel, de semelhantes.
Maravilhosa agnosia esta que se encontra entre o conhecimento
e o não saber nada, entre concreto e abstracto, entre preto e branco, agua e
azeite, covardia deste fruto que deneguei provar mas que dentro de mim nasce a
todo o instante.
Lustro as escotilhas dos seres que comigo repartem os copos de
três.
Muito bom
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