domingo, 10 de fevereiro de 2013

Nights In White Satin





Aí que gana, gana de ter um coração fraco, que escuta e não fala, apenas verte lágrimas de sangue na esperança de te cercar com fome e depois partir.
Não tem de ser assim, eu não sou assim, castigo-me, estou a tempo de me castigar com os latejos da alma que já não sinto mas que oiço, que percebo mas não entendo, não, não sou assim, não vivo saciado, não vivo.
Vivo??? Não.
Não sei ate quando vou durar, mas vou vivendo sem esperar mais o amanha, sou um curioso da vida, nela não busco certezas mas sim deleite em descobri-la, sem a repetir.
Não autorizo o prazer de viver, tenho a minha prolação da existência, o meu encontro com a morte interior constante, faz-me cogitar na vida como uma simples transição para lado nenhum, unicamente ferida eloquente.
Remo nestas proas tortuosas procurando o que nunca encontrarei mas, alturas subsistem em que mesmo os homens exíguos, deixam esvaziar a energia dos braços e apertam um outro capaz de o levar ao zénite da alma absorta, alturas sobrevêm em que atrás dos nossos biombos, vemos pensamentos tolhidos pela altura das alturas, sem perguntarmos porquê só por que temos medo da refutação da nossa alma.

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