Debruçado
sobre mim próprio, num banco de madeira carcomida pelo tempo, vejo ao longe as
colinas do desejo num semicírculo de ansiedade, entre curvas e névoas de
passados próximos, vejo-te sem poder fugir à Insignificância do meu ser, por
entre fragas de minutos da tua ausência, sinto-me pobre, fraco, recuo longos
minutos, retrocedo. Procuro a chave da existência de mim, duma migração entre
nós centradas no canto dos teus olhos, máquinas fulminantes de prazer, que me
seduzem e atraem.
Ofuscas-me
pelo silêncio da tua voz, pela escusa de ti sinto o verniz da tua alma estalar
dentro de mim, o gosto o teu batom na minha foz, os teus impulsos magnéticos
dentro do meu corpo, procuro fugir do mundo em encontros fascinantes de nós.
Observo-te,
busco-te a cada sinal de mim em ti, num instante de loucura de um futuro
alcançável, presente perfeito.
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