segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Tejo





Acredito numa nova visão da tarde, da noite, uma visão em que mate o dia, ainda novo, que veja algo entre as trevas da noite e eu, algo como tu, parecido com tudo aquilo que imagino mais o que hei de descobrir, sei de ti tejo, coisas entre o nada e algures, suor de ti, de mim, suor da noite perfumado de menta e hortelã, sei de ti, sei que enches a minha cidade de esperança e de carinho, sei de ti, sei que és algo encoberto entre ti e o passado de ti, algo novo que neste baile da vida, dança com a vida dos outros e nunca deles sai, algo que permanece dentro dos que contigo privam e que neles abre rombos caminhando ao naufrágio da realidade suprema. Encosta-te ao mais alto dos mundos, o da felicidade que alimenta sonhos de casais e de passagens de nós entre nós e nós, deixa o mundo vigoroso entrar na tua vida, deixa-te permanecer nas nossas vidas, deixa te ir em busca da loucura do desconhecido, perde meia hora da tua noite para pensares naquilo que é errado mas muito bom, naquilo que entre nós entra, mas que em nós nunca permanecerá, algo de abstrato mas de concreto outra vez, deixa-me guiar-te ao concerto da vida e nela cantar para ti, deixa-me ser o teu nobre que por ti luta até à ultima batalha e que por ti triunfará, vem, deixa sentir à flor da pele os meus arrepios quentes, deixa sentir o horizonte do mar na tua alma escondida à espera do meu mar, no teu mar, na imensidão de ti. Sigo-te no brilhar da luz que és e que ofusca a minha, banal e cruel. 

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