sábado, 2 de março de 2013

Angústia do transe




Se as manhãs falassem, se os dias contassem e as noites passassem, nasceria a cada nova hora uma outra maneira de viver. Desapareciam as paisagens, pintavam-se os sonhos de cores garridas, lia-se poesia e no outro dia amanhecia.
Se os olhos vissem outros olhos a chorar, a face uma outra a sangrar e o corpo outro a arquear, germinariam vontades ousadas de pecado, rebentariam novos sossegos e outros olhos nasceriam.
Se as vontades padecessem de doença, (mesmo que, o gosto das lagrimas na língua magoasse, mesmo que, o certo e o errado fosse apenas um fio-de-prumo, mesmo que, se derrame amargura sobre tudo o que foi mélico, mesmo que, houvesse uma outra força a pedir para ficar, mesmo que, a palavra não fosse apenas um sim envergonhado). E os desejos de moléstia, eu estaria em análogo estado de letargia procurando o equilíbrio entre, a agressividade da vida e a angústia do transe.

1 comentário:

  1. Se a vida fosse como nos contos de fadas tudo terminaria com um happy end.
    Se dependesse de nós mudar o mundo com um estalar de dedos.
    Se tudo o que fosse mau se tranformasse num tudo fosse bom, com apenas um piscar de olhos.
    É tudo uma questão de 'Ses' :)!

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