sexta-feira, 15 de março de 2013

A tropa




Hoje durante uma formação que só agora acabou, falava-se em marinha e em marinheiros, fiquei a saber que há na marinha especialidades esquisitas, como um tipo que empurra torpedos e afins, falava-se no passado.
Imaginei um navio cheio de gajos que se vestem de branco com umas coisas penduradas que parecem babetes, cuja especialidade é empurrar coisas, acham normal? Eu não, mas o que mais me surpreendeu é que os ditos têm saudades da coisa.
Meu querido exercito, os gajos eram gajos, as especialidades tinham nomes de coisas concretas, rádio telegrafista, condutor, sapador, infante, cavaleiro, a única coisa que eventualmente se empurrava eram os carros quando não pegavam, e como era a tropa, serviço militar obrigatório o tal que estragava a vida a uns e abria os olhos aos outros, o tal que se não formava homens formava bêbados e jogadores de lepra, copa ou sueca, o tal que trocava as voltas aos mancebos, o mesmo que acabou, o mesmo que não faz falta nenhuma, os militares têm que o ser a tempo inteiro, mau grado que não estejam preparados para nada a não ser umas jogatanas de caserna e umas mines no bar, esse era o barista.
Tal qual os marujos, ficam as recordações.

Sem comentários:

Enviar um comentário