Já repararam no que fazem os outros nas bichas de carro? Bicha
sim, para mim bicha continua a ser bicha, sei da variedade da conotação mas,
sei também, na apetência para os letrados conservadores maldizerem o novo acordo
ortográfico, os mesmos senhores que incorporaram palavras Brasileiras no seu
quotidiano apenas porque os seus sinónimos Portugueses, podem ser ligados a
palavras menos bonitas, para esses, reacção continua ser reacção e não reação, enquanto
bicha, passou a ser fila, que engraçado…Português, como diriam os Italianos, “comme
il faut”.
Feita a justiça à palavra bicha, sabe-me agora bem dissertar
acerca da atitude, mais ou menos pecaminosa, do português no ato bicheral.
Já vi de tudo um pouco, o cavalheiro educado que, ao volante
da sua maquina Alemã tira o burrié, com estilo sacrifica a mindinho até aos
cornetos rodando-o, com a unhaca, lá consegue atingir a amadurecimento macacal
e com determinado requinte olha o resgatado com ar desconfiado desfazendo-o em
sentido rotativo, não vá o gajo do lado estar a reparar, pespega com o animal
na parte inferior do estofo, normalmente com movimento similar ao da recolha,
rodando desta vez todo o pulso, obrigando o escafóide a manobra delicada.
A senhora que cuidadosamente enfrenta a pala do carro e fruto
da demora matinal que lhe roubou a capacidade de réplica num gládio vespertino
com a bula do Xanax, aplica poções mágicas nos olhos e pinceladas na face,
entre uma e outra apitadela de um senhor invejoso, brinda a assistência com
caretas faciais próprias da aplicação de tão sofisticados químicos.
Existem outros, o meu caso, o que compra o Diário de Noticias
e entretém-se lendo-o, volta nas voltas, de quando em vez, lá vai um toque no
da frente, coitados com a azia matinal saem das maquinas logo em atitudes
agressivas, pobres, daqui não levam nada a não ser a declaração amigável, no
caso concreto o “je” (como dizem os Italianos), lê e repara no que os outros
vão a fazer, caso assim não fosse não poderia estar a escrever esta cronica.
Atualmente ando triste, os telemóveis vieram-me lapidar o repertorio
cronista, a moda pegou, até os policias vão fardados com os meninos na mão, há
uma outra cronica a escrever acerca da idiossincrasia e aptidão nacional para o
uso de telemóveis.
Sublime :)!
ResponderEliminarSó mesmo tu!!!
ResponderEliminarDeixem de ser anónimos, eu sei quem são.
ResponderEliminarBj.