Só se me aproxima o silêncio, somente ele me aparece,
aparecem-me sombras da distância, as mesmas que entorpecem a mente e perguntam:
Sabes quem és?
Respondo-te depois da multidão partir, depois do pior tempo
acabar, depois dos olhos já não conseguirem ver e a mente já não mais conseguir
cogitar. Até os meus olhos já não conseguem mais chorar suavemente, pela parte
inferior de qualquer vida, já não conseguem distinguir poderosas rainhas de simples
plebeias, continuo esboçando sorrisos cínicos, por entre esquemas sentimentais
complexos, feitos e desfeitos sem conta, sinto a vida da tempestade e a morte
da calmaria, a luz e a ausência dela, a plenitude do tempo e a falta de espaço
mental. Adorando o vento, encontro um ponto de fuga, partilho e compartilho
comigo mesmo a tristeza de não poder ser, de não poder precisar de ser, de não poder
saber o que é ser, procuro-me, procuro um lugar para me poder procurar,
encontro o vento que sopra de norte e ilumina esta minha escuridão do espírito…
Uma bela musica para começar o meu dia! :)
ResponderEliminar